Por Fathin Ungku
CINGAPURA (Reuters) - O Canadá e a China continuarão a trabalhar juntos para chegar a um "eventual" acordo de livre comércio, disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
Os esforços ocorrem apesar de o Canadá ser membro do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que especifica que, se um de seus parceiros fechar um acordo de livre comércio com um país "de fora do mercado", como a China, os outros podem se desfiliar em seis meses e criar seu próprio pacto comercial bilateral.
"Esta cláusula não nos impede de fazer o que já estamos fazendo, que de fato é continuar a negociar com a China um acordo de livre comércio eventual", disse Trudeau em encontro com estudantes da Universidade Nacional de Cingapura.
A cláusula, que causou polêmica no Canadá, se afina com os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de isolar Pequim economicamente e impedir que empresas chinesas usem o Canadá ou o México como "porta dos fundos" para enviar produtos livres de tarifas aos EUA.
"Existe um elemento de transparência. Temos que manter nossos parceiros informados do que estamos fazendo", acrescentou Trudeau.