Por Sarah Kinosian e Lizbeth Diaz
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Uma candidata a prefeita do partido governista foi morta a tiros na segunda-feira na região central do México durante um evento no primeiro dia de sua campanha, apesar de ter solicitado proteção às autoridades, sem receber resposta.
Em um primeiro momento, um candidato à Câmara dos Vereadores foi tido como morto a tiros no incidente, mas o Ministério da Segurança posteriormente disse que ele estava desaparecido.
Na noite de segunda-feira, Gisela Gaytán havia acabado de apresentar seu plano estratégico de segurança em um comício em Celaya, Guanajuato, quando homens armados abriram fogo, matando-a instantaneamente.
A procuradoria-geral de Guanajuato disse que está investigando o assassinato. Nenhuma prisão foi realizada.
O motivo para que Gaytán se tornasse um alvo não está claro, mas o Estado de Guanajuato registrou alguns dos maiores números de homicídios no México nos últimos anos e foi palco de guerras por territórios de grupos criminosos.
As eleições mexicanas têm sido manchadas por violência política há anos, mas os números sugerem que a situação está piorando. Dezenas de políticos e candidatos foram mortos antes das eleições de meio de mandato, em 2021.
Segundo a organização de pesquisa Civic Data, sediada na Cidade do México, houve um aumento de 236% em violência política eleitoral no país entre 2018 e 2023.
(Reportagem de Sarah Kinosian e Lizbeth Diaz)