Por Steve Holland
WEST PALM BEACH, Flórida (Reuters) - A Casa Branca informou nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou por telefone com o comandante militar líbio Khalifa Haftar e discutiu os “esforços de combate ao terrorismo em andamento e a necessidade de atingir paz e estabilidade na Líbia”.
Em comunicado, a Casa Branca disse que Trump “reconheceu o papel significativo do marechal de campo Haftar no combate ao terrorismo e na proteção dos recursos petrolíferos da Líbia, e os dois discutiram uma visão comum para a transição da Líbia a um regime político democrático e estável”.
Não ficou claro porque a Casa Branca esperou tantos dias para anunciar o telefonema.
Na quinta-feira, Estados Unidos e Rússia disseram que não poderiam apoiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo na Líbia neste momento.
Também na quinta-feira, disparos de morteiros caíram em um subúrbio de Trípoli, quase atingindo uma clínica, após duas semanas de ofensiva das tropas de Haftar contra a capital da Líbia, que é mantida por um governo reconhecido internacionalmente.
A Rússia se opõe a uma proposta de resolução elaborada pelo Reino Unido que culpa Haftar pelo mais recente surto de violência, iniciado quando seu Exército Nacional da Líbia (ENL) avançou contra os subúrbios de Trípoli este mês, disseram diplomatas.
Os Estados Unidos não deram motivo para a decisão de não apoiar o projeto da resolução, que também proporia que os países com influência sobre as partes em conflito garantissem o cumprimento das regras e acesso incondicional para ajuda humanitária na Líbia.
A Líbia tem sido dominada pela anarquia desde que Muammar Gaddafi foi deposto em 2011.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols na ONU e Ulf Laessing em Trípoli)