MADRI (Reuters) - A rica região espanhola da Catalunha terá eleições para o seu Parlamento regional em 27 de setembro, uma votação que os principais partidos querem usar como um mandato para um referendo sobre independência, à qual o governo central da Espanha se opõe.
A data, anunciada numa entrevista à imprensa nesta quarta-feira concedida pelo chefe do governo regional, Artur Mas, é poucos meses antes do pleito geral espanhol e reacende o tema, bastante conflituoso, da independência ou não da Catalunha.
O primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, tem adotado uma linha dura em relação às ambições pela independência na região, que é responsável por um quinto da produção econômica da Espanha.
A votação será no dia nacional da Catalunha e não terá uma lista conjunta de candidatos dos dois principais partidos favoráveis à independência, a Convergência, de Mas, e a Esquerda Republicana da Catalunha.
"Vamos concorrer com listas diferentes, mas com um plano nacional comum", afirmou Mas.
A Catalunha desafiou Madri ao ir adiante com uma votação simbólica de secessão em 9 de novembro e Mas, posteriormente, levantou a possibilidade de eleições antecipadas para promover a causa da independência.
A maioria das pessoas na Catalunha votaria para continuar na Espanha, segundo uma pesquisa do governo regional divulgada em dezembro, a primeira em anos a mostrar uma maioria contra a independência, mas por uma margem muito pequena.
(Reportagem de Elisabeth O'Leary)