WASHINGTON (Reuters) - A chefe do Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA, Katherine Archuleta, pediu demissão nesta sexta-feira, um dia após o governo ter dito que uma grande invasão de hackers aos sistemas da agência governamental havia comprometido dados pessoais de mais de 21 milhões de pessoas.
A Casa Branca, enfrentando duras críticas de republicanos no Congresso, disse que Archuleta havia deixado o cargo, e que a agência estava aumentando suas medidas de cibersegurança, tais como limitar o número de "usuários privilegiados" com acesso a dados.
"Eu disse ao presidente acreditar que é melhor que eu me retire e permita que uma nova liderança assuma", disse Katherine Archuleta em comunicado.
A mais recente revelação sobre a invasão aos computadores do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês) vem em acréscimo a outro episódio que afetou dados de 4,2 milhões de atuais e ex-servidores públicos federais. O OPM disse que os casos foram "separados mas relacionados".
Devido ao fato de que muitas das mesmas pessoas foram afetadas em ambos os ataques, o total de pessoas afetadas é de 22,1 milhões. Isso significa que quase 7 por cento da população dos EUA estava suscetível a roubos de dados pessoais em um dos mais graves episódios de cibersegurança já registrado.
Beth Cobert, que atualmente trabalha no escritório de orçamentos da Casa Branca, assumirá o papel de diretora em exercício do OPM. A renúncia de Katherine terá efeito na noite de sexta-feira, disse a Casa Branca.
(Por Mark Hosenball e Roberta Rampton)