Por Simon Evans
ZURIQUE (Reuters) - Uma das principais autoridades da Fifa responsável pela reforma da entidade defendeu uma presidência rotativa, o que poderia transformar a política do órgão que controla o futebol mundial, abalado com acusações de corrupção.
A Fifa vai realizar eleição em 26 de fevereiro para decidir um substituto para o atual presidente, Joseph Blatter, que dirige a entidade desde 1998.
Mas Domenico Scala, chefe do comitê de auditoria e conformidade da Fifa e presidente do comitê de eleição, além de ser um funcionário com autoridade especial para levantar ideias de reforma, acredita que é hora de mudar para um sistema diferente para o maior cargo no mundo do futebol.
"Há outras entidades de governança que têm o princípio de rotação para suas presidências, como a União Europeia. Cada confederação poderia nomear um presidente em uma rotação de quatro ou seis anos - acho que quatro seria melhor", disse Scala em entrevista à Reuters.
A Fifa tem seis confederações continentais e o plano de Scala seria garantir que cada parte do mundo tivesse um tempo regular na liderança da entidade.
"Um sistema de um presidente rotativo refletiria muito melhor a diversidade do futebol e impediria que qualquer indivíduo se tornasse muito poderoso", acrescentou Scala.
"Seria parte dos controles e equilíbrios que são necessários para evitar a corrupção e os conflitos de interesses que afetaram a Fifa no passado", disse.
A Fifa mergulhou no caos em maio, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou 14 dirigentes de futebol e executivos de marketing esportivo em uma série de acusações de corrupção.