Por Julia Jacobs
CHICAGO (Reuters) - A cidade de Chicago processou nesta segunda-feira o governo Trump para impedir a aplicação de novas políticas que iriam retirar dinheiro das chamadas cidades santuários, que negam acesso de autoridades da imigração dos Estados Unidos a prisões locais.
O processo, preenchido em tribunal distrital dos EUA, informava que políticas federais forçam a terceira maior cidade do país a escolher entre seus direitos constitucionais e financiamento para a aplicação da lei.
“Estas novas condições também são opostas à longa política da cidade que promove cooperação entre a aplicação da lei e comunidades de imigrantes”, informou o processo.
As políticas também incluem uma exigência que agências locais da aplicação da lei deem a autoridades federais um aviso de 48 horas antes de libertarem qualquer pessoa procurada por violações imigratórias.
O prefeito democrata Rahm Emanuel disse no domingo que a cidade entraria com processo, aumentando uma resposta contra uma repressão da imigração realizada pelo governo do presidente republicano Donald Trump.
“Estamos levando este desafio legal porque a retórica e as ameaças deste governo incorporadas nestas novas condições impostas sobre concessões de fundos não relacionados à segurança pública estão criando uma cultura e clima de medo”, disse nesta segunda-feira o assessor legal sênior de Emanuel, o conselheiro corporativo Ed Siskel.
As condições do Departamento de Justiça se aplicam à Concessão de Assistência de Justiça Memorial Edward Byrne, que fornece dinheiro para centenas de cidades. Chicago deve receber 3,2 milhões de dólares neste ano para compra de equipamentos.
A cidade irá solicitar uma decisão do juiz antes do prazo final de 5 de setembro para se candidatar à concessão Byrne, disse Siskel.
O secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, afirmou nesta segunda-feira que autoridades de Chicago mostraram uma "hostilidade aberta" à aplicação de leis destinadas a reduzir o crime.