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China diz concordar com ações da ONU para encerrar crise com Coreia do Norte

Publicado 07.09.2017, 15:59
Atualizado 07.09.2017, 16:00
China diz concordar com ações da ONU para encerrar crise com Coreia do Norte
CL
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Por Christian Shepherd e Katya Golubkova

PEQUIM/VLADIVOSTOK, Rússia (Reuters) - A China concordou nesta quinta-feira que a Organização das Nações Unidas (ONU) deveria adotar novas ações contra a Coreia do Norte depois de seu teste nuclear mais recente, mas também pressionou por mais diálogo para ajudar a resolver o impasse.

A Coreia do Norte, que está desenvolvendo seus programas nuclear e de mísseis em desafio ao repúdio internacional, disse que reagiria a quaisquer sanções novas da ONU e pressões adicionais dos Estados Unidos com "contramedidas poderosas", acusando Washington de buscar a guerra.

Os EUA querem que o Conselho de Segurança da ONU imponha um embargo petrolífero à Coreia do Norte, proíba suas exportações têxteis e a contratação de empregados do país recluso no exterior, além de sujeitar o líder Kim Jong Un a um congelamento de bens e a uma proibição de viagens, de acordo com o esboço de uma resolução visto pela Reuters na quarta-feira.

A pressão norte-americana aumentou desde que Pyongyang realizou seu sexto e mais poderoso teste nuclear no domingo. O teste, ao lado de uma série de lançamentos de mísseis, mostrou que o regime está perto de alcançar sua meta de desenvolver uma arma nuclear potente o suficiente para atingir os EUA.

"Dados os novos desdobramentos na península coreana, a China concorda que o Conselho de Segurança da ONU deveria adotar uma resposta adicional e aplicar as medidas necessárias", disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, aos repórteres.

"Quaisquer ações novas adotadas pela comunidade internacional contra a RDPC deveriam servir ao propósito de conter os programas nuclear e de mísseis da RDPC, e ao mesmo tempo induzir a retomada do diálogo e das consultas", disse, referindo-se à Coreia do Norte pelas iniciais de seu nome oficial, República Democrática Popular da Coreia.

A China é de longe a maior parceira comercial de Pyongyang, tendo respondendo por 92 por cento da corrente de comércio no ano passado. Ela também fornece centenas de milhares de toneladas de petróleo e combustível à nação empobrecida.

O presidente dos EUA, Donald Trump, exortou Pequim a fazer mais para frear sua vizinha, que se mostrou tipicamente desafiadora nesta quinta-feira.

"Responderemos ao complô bárbaro ao redor das sanções e da pressão dos Estados Unidos com nossas próprias contramedidas poderosas", disse a Coreia do Norte em um comunicado de sua delegação no fórum econômico de Vladivostok, no extremo leste da Rússia.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse ter um decreto presidencial pronto para Trump assinar que imporia sanções a qualquer país que comercialize com os norte-coreanos se a ONU não aplicar suas próprias sanções.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, também se pronunciaram no encontro regional em Vladivostok e concordaram em tentar persuadir a China e a Rússia a cortarem tanto quanto possível o petróleo que fornecem à Coreia do Norte, de acordo com autoridades sul-coreanas.

(Reportagem adicional de Christine Kim e Soyoung Kim em Seul, Christian Shepherd e Vincent Lee em Pequim, Oksana Kobzeva e Denis Pinchuk em Vladivostok, Steve Holland, Eric Walsh, Jeff Mason e Jim Oliphant em Washington e Kiyoshi Takenaka em Tóquio)

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