PEQUIM/TAIPÉ (Reuters) - A China dará a "resposta necessária" a uma visita do subsecretário de Assuntos Econômicos dos Estados Unidos, Keith Krach, a Taiwan, que Pequim reivindica como seu território, e apresentou uma queixa a Washington, disse o Ministério das Relações Exteriores do país nesta quinta-feira antes da chegada do funcionário.
Krach, que chegou a Taipé na tarde local desta quinta-feira, está em Taiwan para uma homenagem póstuma ao ex-presidente Lee Teng-hui, que era reverenciado por muitos da ilha e do mundo por ser considerado o pai da democracia de Taiwan, no sábado.
Krach deve se encontrar com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, na sexta-feira.
Sua visita vem na esteira de outra feita no mês passado pelo secretário da Saúde dos EUA, Alex Azar, a autoridade norte-americana mais graduada a viajar à ilha democrática em quatro décadas.
Falando em Pequim, o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, disse que seu país registrou "representações severas" junto a Washington a respeito da viagem de Krach e que se opõe a qualquer interação oficial entre os EUA e Taiwan.
A visita dará alento às forças independentistas de Taiwan e prejudicará os laços entre China e EUA, disse Wang.
"Exortamos o lado dos EUA a reconhecer plenamente a sensibilidade extrema da questão de Taiwan. A China dará a resposta necessária dependendo de como a situação transcorre". Ele não deu detalhes.
As relações entre China e EUA se deterioraram nos últimos meses devido a desentendimentos a respeito de Taiwan, comércio, direitos humanos, a pandemia de coronavírus e outras questões.
A China vê a presidente de Taiwan como uma separatista perigosa. Ela diz que a ilha já é um país independente chamado República da China, o nome formal de Taiwan.
(Por Yew Lun Tian e Ben Blanchard)