PEQUIM (Reuters) - A China e a África são "bons irmãos" e Pequim respeita todos os povos independentemente de raça, disse o governo chinês nesta segunda-feira, depois que um fabricante de sabão se desculpou por uma propaganda que mostrava um negro preso em uma máquina de lavar roupas, que muitos consideraram racista.
No comercial televisivo do sabão Qiaobi, um homem negro assobia para uma mulher chinesa, que o chama com um gesto. Em seguida ela enfia um pacote de detergente em sua boca e o empurra de cabeça dentro da lava-roupas.
Um instante depois, ela abre a porta e um asiático de pele clara sai da máquina.
A mídia estatal noticiou que o comercial foi ao ar pela primeira vez em abril, mas viralizou na Internet depois de ser publicado no YouTube na semana passada, onde atraiu milhões de visualizações em poucos dias. Alguns internautas chineseses e estrangeiros o criticaram por lhes parecer racista.
"Expressamos nossas sinceras desculpas e esperamos sinceramente que os muitos usuários da Internet e da mídia não enxerguem muita coisa nisso", afirmou a Shanghai Leishang Cosmetics, empresa proprietária da marca Qiaobi, em um comunicado no final de semana.
A companhia apagou a versão online da propaganda em reação à revolta, relatou o jornal estatal chinês Global Times, citando uma entrevista com a empresa. Mas versões do comercial ainda podiam ser encontradas em plataformas de vídeo chinesas e estrangeiras, como o próprio YouTube, nesta segunda-feira.
Não ficou claro se o ato negro do comercial é africano.