Por Brenda Goh
XANGAI (Reuters) - A repressão da China à "cultura de fãs" visa manter a ordem pública e não afetará suas relações com nenhum país, disse a embaixada chinesa na Coreia do Sul nesta quarta-feira.
O governo adota uma repressão de várias frentes a uma gama ampla de setores, incluindo o de entretenimento e o que autoridades descrevem como uma cultura de fãs de celebridades "caótica", e sua influência sobre os jovens e a ordem social.
A embaixada disse estar reagindo a uma preocupação da mídia sul-coreana com a campanha, que leva plataformas de redes sociais chinesas a suspenderem contas criadas por fãs chineses de pop stars da Coreia do Sul.
"As ações da China visam todas as palavras e os atos que possam impactar a ordem pública, os costumes e também as leis e os regulamentos, e não afetarão os intercâmbios normais entre a China e qualquer país", disse a embaixada em um comunicado.
A representação disse que a mídia sul-coreana está "preocupada com o impacto dos intercâmbios culturais entre a China e a Coreia do Sul e até acredita que as medidas relevantes da China visam a Coreia do Sul".
A plataforma de rede social chinesa Weibo suspendeu nesta semana mais de 20 contas de fãs de grandes grupos de K-pop, como BTS, Blackpink e EXO, dizendo que elas foram responsáveis por disseminar "conteúdo de busca de estrelas irracional".
Segundo a campanha contra a cultura de fãs, as plataformas de redes sociais não podem mais publicar listas de celebridades e os fã-clubes precisam ser regulamentados, disse a agência reguladora da internet.
Esta também proíbe que programas de variedades cobrem dos fãs para que estes votem online por seus artistas favoritos e desencoraja as pessoas a comprarem produtos ligados a celebridades.