Por Ben Blanchard e Sui-Lee Wee
PEQUIM (Reuters) - A China rejeitou nesta quinta-feira um pedido de um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a tortura de seus detidos, dizendo que as recomendações do grupo se basearam em informações imprecisas e que este deveria "aprimorar seu estilo de trabalho".
A China refuta consistentemente qualquer crítica sobre seu histórico de direitos humanos, afirmando ser um país sob o império da lei e que se opõe à interferência estrangeira em seus assuntos internos.
Na quarta-feira, o Comitê contra Tortura da ONU expressou profunda preocupação com as mortes de vários prisioneiros políticos de destaque sob custódia e com a repressão de Pequim a advogados e ativistas.
A China é "resoluta e determinada em sua oposição ao uso da tortura" e fez muitos progressos a esse respeito, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.
"Percebemos que as opiniões da comissão contra tortura da ONU estão baseadas em informações não verificadas", afirmou Hua em um informe diário à imprensa.
"Esperamos que possam se ater a seu mandato escrupulosamente, aprimorar mais seu estilo de trabalho e enxergar mais plena e objetivamente que a China honra seus acordos."