BAGDÁ (Reuters) - Cinquenta presos e 12 policiais morreram em uma fuga organizada pelo Estado Islâmico de uma prisão no Iraque, segundo autoridades do país neste sábado, enquanto simpatizantes do grupo admitiram que organizaram a fuga mas deram detalhes diferentes.
Depois que uma confusão eclodiu, dezenas de prisioneiros escaparam da prisão de Al-Khalis, aproximadamente 80 quilômetros ao nordeste de Bagdá, disse a polícia e autoridades de segurança.
Militantes do Estado Islâmico, o grupo que tomou grandes áreas do Iraque e da Síria, invadiram o lugar com a ajuda de explosivos para libertar 30 presos e ter acesso ao depósito de armas da prisão, disse a agência Amaq News, que apoia o grupo.
A agência disse que militantes xiitas, então, invadiram a prisão e mataram cerca de 60 militantes nos confrontos.
"O Estado Islâmico foi responsável pelas mortes e fuga dos prisioneiros do Estado Islâmico", disse Oudi Al-Khadran, prefeito da cidade onde fica a prisão, que mantém centenas de pessoas condenadas por terrorismo.
Isso foi confirmado pelo coronel Ahmed al-Timimi, do centro de operações de segurança da província de Diyala.
Não está claro se algum prisioneiro importante estava preso em Al-Khalis, disse o chefe do comitê de segurança de Diyala, Seyyid Sadiq al-Husseini.
"Os prisioneiros começaram a lutar entre eles, o que chamou a atenção dos guardas, que tentaram separar a briga", disse uma fonte da polícia, pedindo anonimato.
"Então, os prisioneiros o atacaram, tiraram suas armas e começaram uma grande confusão, enquanto também controlavam o armamento da prisão".
As autoridades declararam um toque de recolher em Al-Khalis e fizeram batidas nas casas em busca dos prisioneiros, disse outra fonte da polícia.
O governo iraquiano, apoiado pelos ataques aéreos dos Estados Unidos na sua campanha contra o Estado Islâmico, também está tentando conter a violência sectária que se espalha pelo país.
Um carro-bomba em Bagdá no sábado matou sete civis e feriu outros 14, disseram a polícia e fontes médicas.