Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - O ministro da Defesa da Colômbia culpou nesta segunda-feira grupos armados ilegais por saques e vandalismo durante cinco dias de protestos de rua, mas não quis confirmar quantos manifestantes morreram.
Os protestos, que começaram na semana passada, exigiam a retirada de uma reforma tributária polêmica proposta pelo governo do presidente, Iván Duque, que disse no domingo que a legislação será descartada.
As manifestações continuaram no domingo na capital, Bogotá, e outras cidades, como Medellín e Cali, apesar do anúncio.
"A Colômbia enfrenta ameaças particulares de organizações criminosas que estão por trás destes atos violentos", disse o ministro da Defesa, Diego Molano, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que os vândalos não são aqueles que marcham pacificamente
Molano citou informações de inteligência em sua alegação, mas não ofereceu outros indícios.
Vândalos foram financiados e organizados por guerrilhas de esquerda do Exército de Libertação Nacional (ELN) e por ex-rebeldes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram um acordo de paz de 2016, acrescentou o ministro.
"Estamos entristecidos por todos aqueles que perderam a vida devido a ações criminosas durante estes protestos."
Molano não quis dar detalhes específicos sobre o número de mortos, dizendo que a Procuradoria investigará.
O ouvidor nacional de direitos humanos relatou que 16 civis e um policial foram mortos durante cinco dias de protestos, e a Procuradoria disse no domingo que está investigando conexões entre os protestos e 14 mortes violentas.