BOGOTÁ (Reuters) - A companhia aérea colombiana de baixo custo Viva Air iniciou um processo de recuperação judicial para renegociar dívidas com credores e assegurar sua permanência no mercado, enquanto aguarda uma definição do governo sobre sua aliança com a Avianca, informou a empresa.
A Viva Air disse em um comunicado na noite de sexta-feira que tomou a decisão de iniciar o processo devido à crise que enfrenta pelos efeitos da pandemia de Covid-19 e às dificuldades econômicas.
"A companhia não conseguiu ter acesso a capital durante os últimos nove meses dado que ainda não foi possível implementar sua integração com outra companhia aérea, que segue pendente de autorização por parte do governo nacional", disse a companhia aérea.
“A Viva acolhe este processo de recuperação voluntária, que tem uma duração de 90 dias, a fim de reestruturar suas dívidas através de uma negociação com os seus principais credores para seguir operando sob condições sustentáveis que garantam a continuidade da empresa”, acrescentou.
A companhia aérea disse que depois de estudar todas as alternativas disponíveis diante da situação atual, entrou neste processo voluntário de mediação enquanto aguarda a decisão urgente por parte da Aeronáutica sobre sua aliança com a Avianca.
O anúncio veio depois que a companhia aérea de baixo custo JetSMART Airlines anunciou sua intenção de comprar 100% da Viva Air.
A Viva atravessa uma situação financeira complexa devido ao impacto da pandemia de Covid-19, agravada pela alta no preço dos combustíveis durante o ano de 2022 e pela desvalorização do peso colombiano.
A Viva, que surgiu como uma companhia aérea de baixo custo com operações na Colômbia e no Peru, possui uma frota de 23 aeronaves e cerca de 1.000 empregados diretos.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)