ADDIS ABEBA (Reuters) - Vinte fiéis muçulmanos foram mortos na região de Amhara, na Etiópia, em confrontos com homens armados não identificados, disse um líder islâmico na região.
A violência não estava relacionada a um conflito na região vizinha de Tigré, que eclodiu em novembro de 2020 e se espalhou para as regiões de Amhara e Afar no ano passado.
"O incidente aconteceu ontem quando os muçulmanos estavam a caminho de enterrar um indivíduo", disse Seid Muhammed, presidente do Conselho Supremo de Assuntos Islâmicos de Amhara, à Reuters nesta quarta-feira.
Seid afirmou que os homens armados lançaram um artefato explosivo contra a multidão muçulmana na cidade de Gondar, matando três pessoas e ferindo cinco. As outras vítimas morreram em confrontos que se seguiram.
"Houve saques de lojas e tentativas de incendiar três mesquitas. Uma mesquita sofreu danos menores com seu tapete sendo incendiado", disse ele.
Gizachew Muluneh, porta-voz da administração regional de Amhara, disse que o incidente estava sob investigação.
Uma fonte humanitária afirmou que 15 feridos foram transportados para o Hospital de Referência de Gondar, e não ficou claro quantos foram baleados ou feridos por explosivos.
O combate no conflito mais amplo da Etiópia diminuiu desde que o governo federal declarou um cessar-fogo unilateral no mês passado, dizendo que permitiria a entrada de ajuda humanitária em Tigré.