Por Philip Pullella e Ahmed Eljechtimi
RABAT (Reuters) - O papa Francisco disse neste domingo à pequena comunidade católica no Marrocos, país predominantemente muçulmano, que sua missão não é converter seus vizinhos, mas viver em fraternidade com outras religiões.
O papa usou sua viagem de dois dias para enfatizar o diálogo entre as religiões. Ele também apoiou os esforços do rei marroquino Mohammed VI para espalhar uma forma de islamismo que promova o diálogo inter-religioso e rejeite a violência em nome de Deus.
Os 23.000 católicos romanos marroquinos - a maioria deles franceses e outros expatriados europeus e migrantes da África Subsaariana - compõem menos de um por cento da população de 35 milhões.
"Os cristãos são uma pequena minoria neste país. No entanto, na minha opinião, isso não é um problema, embora eu perceba que às vezes pode ser difícil para alguns de vocês", disse o papa Francisco em uma reunião com líderes comunitários católicos em uma catedral em Rabat.
Católicos conservadores criticaram a oposição do papa ao recrutamento organizado ou agressivo de potenciais convertidos.
"A Igreja não cresce por meio de proselitismo, mas por atração", disse Francisco, sendo aplaudido em seguida.
"Isto significa, queridos amigos, que nossa missão como pessoas batizadas, sacerdotes e homens e mulheres consagrados, não é realmente determinada pelo número ou tamanho dos espaços que ocupamos, mas pela nossa capacidade de gerar mudanças e despertar maravilhas e compaixão", afirmou.
As autoridades marroquinas não reconhecem os marroquinos convertidos ao cristianismo, muitos dos quais rezam secretamente em seus lares. A conversão do islamismo ao cristianismo é proibida, como em muitos países muçulmanos, e o proselitismo é punido com até três anos de prisão. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20190331T165244+0000