(Reuters) - Bill Shine, copresidente da Fox News Channel, se tornou o mais recente executivo a pedir demissão do canal a cabo na esteira de um escândalo de má-conduta sexual.
A saída de Shine, que estava na Fox News, da Twenty-First Century Fox Inc, desde sua absorção há mais de 20 anos, marca um passo importante na tentativa de Rupert Murdoch e seus filhos, que dirigem a empresa, para limpar a casa depois de uma série de revelações embaraçosas.
O presidente Roger Ailes renunciou em julho depois de alegações de assédio sexual, e apresentador Bill O'Reilly saiu no mês passado, depois da notícia de que a Fox e O'Reilly pagaram 13 milhões dólares para resolver por fim a acusações de cinco mulheres de assédio.
Shine e Jack Abernethy foram nomeados copresidentes da Fox News no ano passado após a saída de Roger Ailes.
Abernethy continua como copresidente da Fox News e chefe-executivo das estações Fox Television, enquanto Shine será substituído por Suzanne Scott, vice-presidente-executiva de programação da Fox News, e Jay Wallace, vice-presidente-executivo de notícias, segundo a companhia.
Ele irá deixar a companhia após ajudar na transição durante as próximas semanas, informou o canal a cabo nesta segunda-feira.
“Bill Shine exerceu um grande papel na construção da Fox News em sua posição atual como maior e mais importante canal a cabo na história da indústria deste país”, disse Rupert Murdoch, copresidente-executivo da Twenty-First Century Fox, em comunicado anunciando a saída de Shine.
No mês passado, Julie Roginsky, consultora política democrata e terceirizada da Fox News, processou a rede e o ex-presidente Ailes, acusando ambos de negá-la uma posição permanente de apresentadora após ela rejeitar avanços sexuais de Ailes.
À época, ela também processou Shine, dizendo que ele fracassou em investigar suas acusações.
(Reportagem de Jessica Toonkel, em Nova York, e Narottam Medhora, em Bangalore) OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20170501T235127+0000