Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A missão da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas acusou os Estados Unidos na quarta-feira de estarem "mais e mais obcecados com atos hostis" contra Pyongyang, apesar do presidente Donald Trump estar disposto a conversas entre os dois países.
Em nota, a missão disse que estava respondendo a uma acusação dos EUA de que Pyongyang havia quebrado uma limitação sobre importações de petróleo refinado e a uma carta que teria sido enviada no dia 29 de junho pelos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e outros Estados membros da ONU exigindo que os demais Estados membros da ONU implementassem sanções contra a Coreia do Norte.
"O que não pode ser ignorado é o fato de que esse jogo da carta conjunta foi conduzido pela missão permanente dos Estados Unidos para a ONU, sob instrução do Departamento de Estado, no mesmo dia em que o presidente Trump propôs o encontro na cúpula", dizia a nota.
Trump se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a pisar na Coreia do Norte no domingo quando se encontrou com o líder Kim Jong Un na zona desmilitarizada entre as duas Coreias. Eles concordaram em retomar as negociações que tinham o objetivo de fazer com que Pyongyang renunciasse seu programa de armas nucleares.
A missão da Coreia do Norte na ONU disse que a carta de 29 de junho aos Estados membros da ONU "expressa a realidade de que os Estados Unidos estão mais e mais obcecados em atos hostis contra a RPDC embora falem sobre o diálogo entre EUA e RPDC".
A Coreia do Norte é formalmente conhecida como República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
O Conselho de Segurança da ONU impulsionou de maneira unânime as sanções contra a Coreia do Norte desde 2006 em uma tentativa de asfixiar o financiamento para os programas nuclear e de mísseis balísticos de Pyongyang, proibindo exportações incluindo carvão, ferro, chumbo, têxteis e frutos do mar, e limitando importações sobre petróleo bruto e produtos de petróleo refinado.