SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disse nesta segunda-feira que comunicou aos Estados Unidos que irá romper o único canal de comunicação entre os dois países na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, depois que Washington colocou seu líder, Kim Jong Un, em uma lista negra na semana passada por abusos de direitos humanos.
Todas as questões relacionadas aos EUA, incluindo o tratamento de cidadãos norte-americanos detidos por Pyongyang, serão conduzidas segundo sua "lei de guerra", relatou a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.
A medida foi a mais recente de uma escalada na tensão com o país isolado, que mais cedo nesta segunda-feira ameaçou uma "reação física" depois que os EUA e a Coreia do Sul anunciaram que irão mobilizar o sistema antimíssil Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude (Thaad, na sigla em inglês) neste último país.
"Já que os Estados Unidos não irão aceitar nossa exigência de retirada imediata da medida de sanções, adotaremos ações correspondentes em etapas", disse a KCNA.
"Como primeira etapa, notificamos que o canal de contato de Nova York, que tem sido o único canal de contato existente, será completamente rompido", afirmou.
"A República irá tratar de todos os assuntos que surgirem entre nós e os Estados Unidos daqui em diante segundo nossas leis de guerra, e os assuntos de norte-americanos detidos não são exceção a isto."
A Coreia do Norte já havia indicado que as leis de guerra significam que os detidos não serão libertados por razões humanitárias.
(Por Ju-min Park e Jack Kim)