Por Hyonhee Shin e Ju-min Park
SEUL (Reuters) - Sirenes soaram nesta quarta-feira enquanto a Coreia do Sul realizava seus primeiros exercícios nacionais de defesa aérea em seis anos para conter as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, mas muitas pessoas pareciam ignorar os apelos para buscar abrigo.
O governo reintroduziu as simulações nos exercícios anuais de defesa civil de Ulchi, realizados juntamente com os exercícios do Escudo da Liberdade de Ulchi, que as tropas sul-coreanas e norte-americanas começaram na segunda-feira, para melhorar as respostas a um possível ataque norte-coreano ou outra emergência.
Sirenes de ataque aéreo soaram às 14h (no horário local). Os líderes comunitários com casacos amarelos e chapéus com o logotipo “Defesa Civil” pediram às pessoas que saíssem das ruas durante cerca de 15 minutos antes de o alerta ser atenuado.
Mas muitos pedestres não atenderam a esses pedidos ou correram para encontrar abrigos designados ou espaços subterrâneos próximos.
Motoristas em cerca de 200 áreas em todo o país foram instruídos a parar no acostamento. Pessoas em quase 500 supermercados, cinemas e outras instalações públicas foram orientadas a se retirar, segundo o Ministério do Interior.
As instituições médicas e o transporte público funcionaram normalmente.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, visitou o Posto de Comando Tango, um complexo de bunkers das forças combinadas entre Estados Unidos e Coreia do Sul, e disse que os exercícios conjuntos são uma “fonte de poder para dissuadir as provocações da Coreia do Norte”, segundo o seu gabinete.
Em algumas regiões que fazem fronteira com a Coreia do Norte, os residentes enfrentaram cenários adicionais, incluindo exercícios para ataques químicos, biológicos e radiológicos, com uso de máscaras de gás e rações alimentares de emergência, disse o ministério.
Os exercícios de defesa civil de Ulchi foram lançados em 1969, na sequência de um ataque de comandos norte-coreanos ao complexo presidencial em Seul.
O treinamento de defesa aérea não acontecia desde 2017.