QUITO (Reuters) - Os presidentes dos países que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) planejam um cúpula na semana que vem para reagir à decisão do governo dos Estados Unidos de declarar a Venezuela uma ameaça ao seu país, disse nesta terça-feira o mandatário equatoriano, Rafael Correa.
A declaração de Washington veio acompanhada de sanções a autoridades venezuelanas ligadas a instâncias policiais, militares e judiciais. Essas pessoas tiveram a entrada proibida nos EUA, além de outras punições.
"Na quinta-feira, os chanceleres da Unasul vão se reunir em Montevidéu para preparar uma cúpula de presidentes na semana que vem", disse Correa a jornalistas.
"E daremos a resposta correspondente a esta grotesca, ilegal, descarada, inaudita, injustificada ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela", afirmou.
"Quem em sã consciência pode acreditar que a Venezuela é um perigo?", questionou, sem dar mais detalhes sobre a cúpula.
A declaração de um país como ameaça à segurança nacional por parte de Washington é um primeiro passo para a adoção de um regime de sanções.
Reagindo ao fato, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao Parlamento venezuelano poderes especiais para legislar e defender a soberania do país.
Nas últimas semanas, os chanceleres da Unasul, alinhados com a Venezuela, se manifestaram em defesa da soberania da nação sul-americana e ofereceram seu apoio ao governo de Maduro.
(Reportagem de Alexandra Valencia)