SANTIAGO (Reuters) - A proporção de chilenos que estão otimistas com o futuro do país caiu significativamente, e muitos têm uma visão sombria tanto sobre o atual governo quanto sobre os potenciais sucessores, mostraram duas pesquisas nesta quinta-feira.
O percentual dos chilenos que disseram que o país está indo na "direção correta" caiu para 18 por cento no mês passado, contra 41 por cento há um ano e meio, segundo pesquisa CERC-Mori.
A aprovação ao governo estava em 25 por cento, o patamar mais baixo desde que a presidente Michelle Bachelet começou seu segundo mandato não consecutivo em março de 2014. Um outro levantamento, da GfK Adimark, indicou aprovação de 22 por cento para Bachelet, mesmo número da baixa histórica registrada no mês passado.
Bachelet, que já foi uma líder popular no país, assumiu o governo prometendo elevar impostos e reformular os sistemas educacional, previdenciário e eleitoral, além das relações de trabalho.
Mas uma forte queda no preço do cobre abalou fortemente o investimento no Chile, maior exportador mundial do metal. Ao mesmo tempo, uma série de escândalos de corrupção deixou os chilenos irritados com as eleites política e empresarial do país.
A pesquisa CERC-Mori ouviu 1.200 pessoas entre 15 e 30 de julho e a GfK Adimark entrevistou 1.057 pessoas entre 6 e 28 de julho. Ambas as sondagens têm margem de erro de 3 pontos percentuais.
(Reportagem de Rosalba O'Brien)