MOSCOU (Reuters) - O crítico do Kremlin Alexei Navalny foi proibido de deixar a Rússia nesta terça-feira, em uma medida que disse ter o objetivo de impedí-lo de comparecer ao encerramento de um processo que iniciou no principal tribunal de direitos humanos da Europa.
Navalny, a figura de oposição mais proeminente da Rússia, disse que guardas de fronteira o detiveram enquanto tentava passar pelo controle de passaportes do aeroporto de Domodedovo, em Moscou, e lhe disseram que ele não poderia viajar devido a uma decisão do Serviço Federal de Oficiais de Justiça.
Russos podem ser impedidos de sair do país se tiverem multas ou dívidas em aberto.
Navalny afirmou, em publicação em seu blog, ter certeza de que não tem obrigações financeiras pendentes.
Uma cópia da proibição de saída entregue pelos guardas a Navalny, que ele publicou na internet, não apresenta nenhuma razão clara para a proibição nem cita a data da decisão original. Tampouco ficou claro por quanto tempo o impedimento permanecerá em vigor.
Navalny tentava voar para Frankfurt, de onde seguiria para o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, onde juízes devem decidir se suas numerosas detenções pelas polícia russa tiveram motivação política ou não.
O advogado de 42 anos tentou concorrer contra Vladimir Putin na eleição presidencial de março, mas foi impedido de se candidatar devido a uma condenação prévia que disse ter motivação política.
(Por Tom Balmforth)