ARTEMISA, Cuba (Reuters) - O governo de Cuba deu sinal verde nesta quinta-feira para um plano inicial de reabertura do comércio, com a exceção das províncias de Havana e Matanzas, depois de três meses de restrições impostas pela pandemia de coronavírus, mas uma parte dos trabalhadores autônomos se queixa da falta de produtos básicos.
Trezes províncias e o município de Isla de la Juventud não reportam mais novos casos diagnosticados da Covid-19 há várias semanas, e receberam autorização do governo para iniciar a primeira fase de recuperação pós-coronavírus, mas mantendo o uso obrigatório de máscaras e o isolamento social.
Havana e Matanzas são as províncias que ainda mantém uma taxa elevada de contágios da doença e não cumpre os requisitos sanitários para controlar o vírus.
"Estamos enfrentando outra experiência. Abrimos o comércio e praticamente não temos o que oferecer, pois há poucos produtos", disse Raúl Jiménez, proprietário da La Colada, uma cafeteria particular em Artemisa, 40 quilômetros a oeste de Havana.
Jiménez, que vende pizzas e sanduíches, disse que a cidade está mais animada desde a reabertura, embora "tenhamos algumas frutas para os sucos, mas não temos presunto e a carne de porco está muito cara. Espero que tudo melhore", apontou.
O governo afirma que controlou o vírus e que os novos casos foram reduzidos a uma média de diária de menos de 15 desde o pico de cerca de 50 em abril. A ilha registrou desde março 2.295 casos da doença e um total de 85 mortes, com 2020 pacientes curados.
(Reportagem da Reuters TV)