HAVANA (Reuters) - Ativistas cubanos dos direitos gays liderados pela filha do presidente Raúl Castro planejam realizar um casamento simbólico coletivo no sábado para promover a aceitação de homossexuais e transexuais num país que já foi notoriamente hostil em relação a eles.
A cerimônia será parte de uma parada do orgulho gay anual e será simbólica porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo é ilegal em Cuba, disse Mariela Castro a repórteres. Ela afirmou que o evento será discreto porque a sociedade cubana ainda não está preocupada com plenos direitos às pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneras.
"Não podemos fazer um casamento, mas queríamos ter uma celebração muito modesta de amor com alguns líderes religiosos", disse Mariela, chefe do Centro Nacional de Educação Sexual e membro da Assembleia Nacional de Cuba. "No futuro, vamos ver o que mais podemos fazer."
Os líderes religiosos cubanos que devem participar serão cristãos evangélicos, disse ela. A religião predominante de Cuba é o catolicismo romano.
A cerimônia foi inspirada no casamento coletivo de mais de 100 casais no evento da Parada Mundial em Toronto, no Canadá, em junho do ano passado, disse ela.