BEIRUTE (Reuters) - Combatentes curdos sírios retomaram o controle de mais dez aldeias que haviam sido conquistadas pelo Estado Islâmico ao norte da cidade de Raqqa, auxiliados por ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos, disse nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos, entidade que monitora o conflito.
Segundo o Observatório, cuja sede fica na Grã-Bretanha, ataques aéreos em todo o norte da Síria e os confrontos em terra mataram pelo menos 78 combatentes do Estado Islâmico desde domingo à noite.
Os ataques são os mais contínuos desde o início dos bombardeios, em setembro, de acordo com funcionários norte-americanos, segundo os quais o objetivo é restringir a capacidade dos militantes islâmicos de operar fora de Raqqa, seu principal reduto, e evitar que reajam contra os avanços curdos.
Mas, nesta terça-feira, o grupo ultrarradical islâmico ainda estava no controle de Ain Issa, disse o Observatório. A cidade, 50 quilômetros ao norte da cidade de Raqqa, estava em mãos da milícia curda YPG e foi capturada por combatentes do Estado Islâmico em um ataque na segunda-feira.
O YPG, uma milícia que opera principalmente em áreas predominantemente curdas do norte da Síria, nas imediações da fronteira turca, emergiu como o único parceiro importante na Síria da aliança liderada pelos Estados Unidos, que vem combatendo o Estado Islâmico tanto no território sírio como no Iraque.