Por Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - Os senadores democratas levaram seu projeto para proteger o direito de voto nos Estados Unidos ao plenário do Senado nesta terça-feira, apesar da expectativa de derrota da proposta diante da firme oposição republicana.
Os democratas, do partido do presidente Joe Biden, argumentam que a legislação, apoiada por grupos dos direitos civis, é necessária para contrariar uma campanha liderada pelos republicanos para dificultar o voto em diversos Estados, especialmente para os eleitores negros e outras minorias.
Espera-se que os republicanos bloqueiem a aprovação da legislação federal, argumentando que o pacote é um esforço partidário que prejudicaria as regras locais das eleições.
"Os democratas estão preparados para lutar sobre esta questão até que tenhamos sucesso", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. "Não chegamos a um lugar onde todas as pessoas podem votar fácil e aberta e honestamente."
Os democratas estão se esforçando para agir enquanto controlam ambas as Casas do Congresso. Os republicanos são favoritos a obter a maioria em pelo menos uma delas nas eleições parlamentares de 8 de novembro.
Com outros elementos de sua agenda parados no Congresso, Biden chamou a votação sobre o direito de voto de um momento significativo para uma democracia norte-americana em crise.
A postura republicana contra a legislação pode desencadear uma tentativa democrata de mudar uma regra do Senado para que uma maioria simples entre os 100 membros da Casa, em vez dos 60 votos originalmente necessários, seja suficiente para abrir caminho para a aprovação do projeto de lei, disse Schumer.
A mudança de regra, que seria aprovada se apoiada por todos os 50 votos democratas e pela vice-presidente dos EUA e presidente do Senado, Kamala Harris, como desempate, também é provável que falhe, no entanto, devido à oposição de pelo menos dois senadores democratas.
O projeto de lei democrata ampliaria o acesso à votação por correspondência, tornaria mais rígidas as regras de financiamento de campanha e fortaleceria a supervisão federal das eleições em Estados que têm um histórico de discriminação racial.
Assembleias de 19 Estados norte-americanos aprovaram dezenas de leis desde a derrota do ex-presidente Donald Trump na eleição de 2020, limitando o tempo de votação e os votos por correspondência e elevando os requisitos de identificação do eleitor.