Por Jessie Pang e James Pomfret
HONG KONG (Reuters) - Um tribunal de Hong Kong considerou sete democratas proeminentes culpados de acusações de reunião ilegal, inclusive o advogado de 82 anos Martin Lee e o magnata de mídia de 72 anos Jimmy Lai, o golpe mais recente no acuado movimento democrático da cidade.
Lee, que ajudou a lançar o Partido Democrático, a maior sigla de oposição da cidade, nos anos 1990 e é chamado com frequência de "pai da democracia" na ex-colônia britânica, foi acusado de participar de uma reunião não-autorizada em 18 de agosto de 2019.
O grisalho Lee e os outros, todos de cerca de 60 anos ou mais, ouviram impassivelmente quando a juíza distrital, Amanda Woodcock, apresentou sua decisão.
"Concluí após o julgamento que a procuradoria foi capaz de provar acima da dúvida razoável que todos os réus juntos organizaram o que equivaleu a uma reunião não-autorizada", disse ela no veredicto por escrito.
Eles também foram condenados por participar conscientemente de uma reunião não-autorizada.
Embora a miniconstituição de Hong Kong garanta o direito de reunião pacífica, acrescentou Woodcock, "restrições são impostas, incluindo aquelas para preservar a segurança pública e a ordem pública e proteger os direitos dos outros".
A atribuição das penas será anunciada em 16 de abril, e alguns especialistas legais acreditam em penas de 12 a 18 meses – a sentença máxima é de cinco anos.
(Reportagem adicional de David Brunnstrom em Heather Timmons em Washington)