Por Jan Wolfe
(Reuters) - Advogados da cidade norte-americana de Detroit pediram a uma juíza que repreenda a campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por espalhar "desinformação" em um processo judicial sobre a certificação dos resultados eleitorais de um condado de Michigan.
A campanha eleitoral de Trump afirmou na quinta-feira que estava desistindo voluntariamente de um processo em que contestava os resultados da eleição em Michigan alegando que autoridades eleitorais do Condado de Wayne "se reuniram e se recusaram a certificar os resultados da eleição presidencial".
Na verdade, os membros republicanos do conselho eleitoral do Condado de Wayne recusaram-se, a princípio, a certificar os resultados, mas depois recuaram, após críticas.
Os advogados de Detroit disseram na quinta-feira que a campanha incluiu "linguagem impertinente e falsa" no processo e pediram a uma juíza federal que retirasse o documento contestado do registro do caso.
Os advogados de Detroit não solicitaram uma punição monetária, mas disseram que a juíza distrital Janet Neff tinha "autoridade para retirar materiais do registro como uma sanção".
Neff ainda não se pronunciou sobre o pedido.
Trump tem se recusado a admitir a derrota na votação desde que o presidente eleito Joe Biden conquistou mais que os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ganhar a eleição presidencial de 3 de novembro.
(Reportagem de Jan Wolfe)