(Reuters) - Diplomatas russos negaram nesta sexta-feira uma alegação da Casa Branca, de que o exército de Moscou estaria executando seus próprios soldados caso se recusassem a cumprir ordens no campo de batalha na Ucrânia.
"Quem quer que tenha inventado estas mentiras de outro mundo só poderia ter sido uma pessoa com uma imaginação muito fértil", disse a embaixada russa em Washington, em comentários divulgados pela agência de notícias RIA Novosti.
"E tudo isto simplesmente para justificar a fracassada e muito publicizada contra-ofensiva da sua ala (ucraniana). Deixem-nos dizer com total responsabilidade que todas as insinuações sobre isso nos comentários do porta-voz da Casa Branca são mentira."
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse a jornalistas na quinta-feira que o governo dos EUA tinha informações de que os militares russos estavam executando soldados que recusaram ordens.
"Também temos informações de que os comandantes russos estão ameaçando executar unidades inteiras se elas tentarem recuar do fogo da artilharia ucraniana", acrescentou.
Kirby não forneceu nenhuma evidência para suas afirmações.
A Ucrânia lançou uma contra-ofensiva, que recuperou aldeias no sul e no leste, mas move-se mais lentamente do que um avanço no ano passado pelo nordeste do país.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta sexta-feira que as perdas russas aumentaram significativamente na semana passada e que incluíam pelo menos uma brigada, que tentava avançar sobre a cidade oriental de Avdiivka.
(Reportagem de Ron Popeski)