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Diretora Lucrecia Martel filma documentário sobre indígena assassinado na Argentina

Publicado 13.11.2018, 11:42
© Reuters. Diretora argentina Lucrecia Martel em Cannes, na França

Por Lucila Sigal

(Reuters) - A premiada diretora argentina Lucrecia Martel está filmando um documentário sobre o caso de um ativista indígena do norte do país que foi assassinado em 2009 por um latifundiário, no qual questiona como se legitima o poder exercido pelos homens brancos, um abuso que pode atingir muitas minorias.

"Chocobar", que Lucrecia escreveu junto com a atriz María Alché, conta a história de Javier Chocobar, um líder indígena da comunidade de El Chorro, na província de Tucumán, situada cerca de mil quilômetros ao noroeste de Buenos Aires.

Chocobar tinha 68 anos quando foi assassinado por um empresário que tentava entrar à força em terras que pertenciam à sua comunidade há gerações. O assassino, que queria o território para explorar um canteiro de ardósia, foi condenado em outubro passado a 22 anos de prisão.

Lucrecia, diretora de "O Pântano", "A Menina Santa", "A Mulher Sem Cabeça" e o mais recente "Zama", nasceu em Salta, outra província do noroeste argentino, e por isso conhece bem a questão indígena.

"Percebemos que o que tínhamos que fazer não era nos pormos a falar em nome das culturas indígenas, já que jamais vamos conseguir fazê-lo se não formos desta posição", disse Lucrecia, de 52 anos, em entrevista à Reuters durante o Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata.

© Reuters. Diretora argentina Lucrecia Martel em Cannes, na França

"Era sobre o pensamento branco, como podemos fazer estas coisas, o que nos autoriza. É um conflito que pode se transferir para qualquer coisa, quando alguém se sente autorizado a menosprezar o outro, uma mulher, um pobre, um indígena, um travesti, seja lá o que for", acrescentou uma das diretoras argentinas mais reconhecidas em todo o mundo por seu olhar único.

Lucrecia disse que o processo do documentário exigiu mais de oito anos de trabalho e que decidiu filmar primeiro "Zama" (2017), filme ambientado na América colonial no qual o tema indígena também aparece. A produção é uma adaptação de um livro de Antonio Di Benedetto e narra a história de um funcionário da coroa espanhola que, enviado aos arredores do Paraguai no final do século 18, espera ser transferido para um lugar melhor.

"Tinha menos conflito para pensar a ficção que para entender de que tratava o documentário (...) Não é sobre os indígenas e sua cultura porque me parece que esse lugar não precisa de nossa defesa, o que precisa é de nosso respeito", disse Lucrecia sobre "Chocobar".

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