Por Tom Arnold
LONDRES (Reuters) - Além da estrela de reality show Kim Kardashian, membros da grande e muitas vezes rica diáspora da Armênia estão abrindo as carteiras para ajudar seu país de origem, que sofre com o conflito em Nagorno-Karabakh.
Embora a população armênia seja de menos de três milhões de habitantes, os armênios étnicos residentes no exterior são estimados em cerca de oito milhões.
As doações ajudam com necessidades urgentes, como auxílio médico e abrigo, mas os armênios que trabalham ou se estabeleceram no exterior têm uma tradição antiga de mandar dinheiro para casa.
Tais remessas representaram cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB) armênio no ano passado --mas a crise de coronavírus deste ano provocou uma queda de quase 20% destes fundos, como mostram dados do Banco Central, no momento em que a pandemia devasta a economia modesta do país e seus gastos com defesa aumentam.
Mas o poder da diáspora pode estar vindo em seu socorro. Mais de 120 milhões de dólares foram arrecadados para necessidades humanitárias desde que o conflito irrompeu, no final de setembro, e as doações estão se acumulando, de acordo com o site da maior instituição sem fins lucrativos do país, Hayastan All Armenian Fund.
Neste mês, Kardashian, que visitou a Armênia no ano passado, disse ter doado um milhão de dólares ao Fundo Armênio, uma instituição sem fins lucrativos independente com sede em Los Angeles cuja meta é financiar as necessidades humanitárias e de infraestrutura da Armênia e de Nagorno-Karabakh.