Por Brendan Pierson
NOVA YORK (Reuters) - Dois oficiais prisionais falsificaram registros para acobertar suas falhas em supervisionar a detenção do acusado de crimes sexuais Jeffrey Epstein nas horas que antecederam sua morte por suicídio, afirmaram procuradores dos Estados Unidos nesta terça-feira.
De acordo com a acusação, Tova Noel e Michael Thomas dormiram e navegaram na Internet ao invés de monitorarem Epstein, que foi encontrado morto no dia 10 de agosto em sua cela no Centro Metropolitano de Correções no centro de Manhattan. Uma autópsia concluiu que Epstein se enforcou.
O suicídio de Epstein, aos 66 anos, aconteceu pouco mais de um mês após o financista ser preso e acusado de traficar dezenas de garotas menores de idade, algumas com 14 anos de idade, entre 2002 e 2005. Ele havia se declarado inocente das acusações.
Em uma audiência durante a tarde, Noel e Thomas se declararam inocentes diante da magistrada Sarah Netburn às acusações de que teriam falsamente declarado que conduziram inspeções aos presos durante as últimas horas de Epstein, e também para uma acusação de conspiração. Eles devem ser libertados após pagamento de fiança.
Os acusados são os primeiros a serem criminalmente indiciados em conexão com a morte de Epstein, que envergonhou autoridades federais por conta do alto perfil do acusado.