Por Bill Berkrot
(Reuters) - Uma droga para aumentar a libido de mulheres na pré-menopausa incomodadas pela falta de desejo sexual cumpriu os principais objetivos em testes clínicos em estágio avançado, segundo os resultados iniciais divulgados nesta terça-feira pelos seus desenvolvedores, a Palatin.
A Palatin afirmou que a droga experimental bremelanotide demonstrou estatisticamente melhoria significativa em relação ao placebo em escalas que mediram os níveis de desejo e incômodo durante estudos de 24 semanas com mais de 1.200 mulheres diagnosticadas com o transtorno do desejo sexual hipoativo.
“O componente de incômodo do transtorno reflete o impacto negativo profundo que essa condição pode ter na imagem que as mulheres têm de si, nas relações e na qualidade de vida fora do quarto de dormir”, afirmou em comunicado Sheryl Kingsberg, uma das pesquisadoras do estudo.
“Nos testes da fase 3 nós vimos uma redução significativa do incômodo com o uso de bremelanotide”, acrescentou a pesquisadora.
A droga foi bem tolerada com nenhum novo tema de segurança identificado, afirmou a Palatin. O efeito colateral mais frequente foi náusea, geralmente leve.
Enquanto as drogas que buscam atacar esse transtorno costumam ser chamadas de “Viagra feminino”, a da Palatin é mais como Viagra porque é para ser tomada antes da atividade sexual, e não todos os dias. Contudo, não é uma pílula. Ela auto-injetada sob a pele.
A Palatin espera apresentar aos reguladores, buscando a aprovação nos Estados Unidos na segunda metade de 2017.