Por Ellen Wulfhorst e Nate Raymond
NOVA YORK (Reuters) - Duas mulheres da cidade de Nova York foram detidas e acusadas de conspirar para realizar um "ataque terrorista" nos Estados Unidos, de acordo com um indiciamento criminal divulgado nesta quinta-feira.
Noelle Velentzas, de 28 anos, e Asia Siddiqui, de 31 anos, planejavam um atentado contra alvos militares, policiais e do governo, tendo como base suas "crenças jihadistas violentas", de acordo com uma acusação protocolada na Corte Distrital no Brooklyn.
Segundo a acusação, as duas mulheres estavam conspirando para "preparar um dispositivo explosivo para ser detonado num ataque terrorista nos Estados Unidos".
O documento diz que Velentzas tinha elogiado os atentados da Al Qaeda de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos e dito que Siddiqui e ela eram "cidadãs do Estado Islâmico".
As mulheres, que dividiam um quarto na região do Queens, pesquisaram sobre como construir um aparato explosivo, leram livros sobre eletricidade e assistiram a vídeos on-line sobre soldagem, segundo o documento.
Quando foram presas, agentes encontraram materiais para produção de bombas, incluindo gás propano, ferramentas de solda, tubos, uma panela de pressão e fertilizantes, disseram autoridades.
Elas também manifestaram apoio às decapitações de jornalistas ocidentais e outros por militantes que estão no controle de territórios na Síria e no Iraque.
Acusadas de conspiração para o uso de armas de destruição de massa contra pessoas ou propriedades nos EUA, elas apareceram diante do juiz federal Viktor Pohorelsky nesta quinta-feira no tribunal federal do Brooklyn.
Nem Velentzas, que usava um vestido preto e hijab, nem Siddiqui, que vestia uma camiseta verde sobre uma roupa preta, fizeram acordo para cooperar com as investigações. Autoridades disseram que ambas apresentavam riscos e que ficarão detidas até o julgamento.