CAIRO (Reuters) - O Egito ampliou sua repressão à Irmandade Muçulmana ao adotar a queima de livros que diz incentivarem a violência e divulgarem ideias do grupo ilegal, informaram uma autoridade local e uma fonte de segurança neste sábado.
Samia Mehrez, funcionária da província do Mar Vermelho, disse à Reuters que autoridades locais e forças de segurança queimaram "uma série de livros e material impresso da Irmandade" localizados em uma biblioteca pública na cidade turística de Hurghada.
Ela afirmou que os 36 livros foram doados à biblioteca durante o primeiro e único ano da presidência de Mohamed Mursi, deposto pelo exército no ano passado na esteira de manifestações em massa contra seu governo.
Desde então, os apoiadores de Mursi na Irmandade vêm sendo perseguidos e presos aos milhares, e várias centenas foram mortos. O braço político do grupo foi banido neste sábado.
Uma fonte de segurança disse que o material destruído incluía livros sobre a fabricação de bombas e outros que comparam o fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Banna, ao profeta Maomé e elogiam o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan.
(Texto de Stephen Kalin)