VIENA (Reuters) - Um referendo na Suíça abriu caminho para o país encerrar uma brecha nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), estendendo as leis que combatem o racismo para cobrir a orientação sexual, mostrou uma projeção neste domingo.
A conservadora Suíça, ao contrário de muitos de seus vizinhos da Europa Ocidental, ainda não possui leis que especificamente protegem lésbicas, gays e bissexuais da discriminação.
O Parlamento aprovou uma lei em 2018 para ampliar a aplicação dos estatutos contra o racismo, para que os infratores possam ser presos por até três anos. Mas os adversários da proposta obtiveram as 50.000 assinaturas necessárias sob o sistema de democracia direta da Suíça para colocar a questão em referendo, realizado neste domingo.
Aproximadamente 62% dos eleitores apoiaram a mudança, mostrou uma estimativa do instituto de pesquisa gfs.bern 30 minutos após o fechamento das urnas ao meio-dia local (8h da manhã no horário de Brasília). A projeção tem margem de erro de 3 pontos percentuais.
O governo apoiou a nova lei, com os pôsteres da campanha mostrando dois corações rosa se abraçando sob um guarda-chuva. Já os opositores enquadraram a mudança na lei como uma violação da liberdade de expressão.