Por Sarah White e Yiming Woo
PARIS (Reuters) - Marie Boudier, dona de uma loja de brinquedos, está agradecida por o clima de novembro estar anormalmente suave em Paris neste ano, já que está tentando sobreviver ao segundo lockdown de coronavírus da França vendendo conjuntos de Lego e livros de colorir de porta aberta.
Atrás de um cavalete, Boudier passou a entregar os produtos sem permitir a entrada dos clientes, uma medida improvisada que é imitada em toda sua rua e através do país em meio a um campo minado de permissões e proibições para lojas que não são consideradas essenciais.
"Não está exatamente claro até que ponto o que estamos fazendo é certo", disse ela, afastando-se para mostrar saquinhos de bolas de gude a um comprador.
Ela disse que não encontrou instruções oficiais sobre como operar, mas que não foi interrompida até agora, e que também está recorrendo às redes sociais, como o Facebook, para tentar impulsionar as vendas virtuais de sua "L'Arbre Enchanté".
Formalmente proibidos de abrir para consumidores desde o fim de outubro, comércios como livrarias e floriculturas estão fazendo experiências para evitar fechar totalmente na esteira de um lockdown de dois meses durante a primavera.
O governo francês vem sendo tolerante por ora, e poucas lojas foram multadas por violações, disse Francis Palombi, chefe de uma federação de pequenos varejistas que faz campanha para que todas as lojas reabram até 1º de dezembro ou antes.