WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O governo Trump proibiu temporariamente os nova-iorquinos de usarem vários programas que permitem verificações de segurança mais rápidas quando entram nos Estados Unidos, ampliando uma disputa sobre uma lei estadual de Nova York que limita a cooperação federal a respeito da imigração.
O anúncio do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) revoltou os moradores de Nova York que usam os programas e levantou preocupações nos setores de viagens e caminhões que dependem de verificações aceleradas na fronteira EUA-Canadá e nos aeroportos.
O DHS disse nesta quinta-feira que a ação, que entrou em vigor na quarta-feira, irá barrar novos passes e renovações do Global Entry e três programas que permitem viagens mais rápidas entre Estados Unidos, Canadá e México, mas não se aplicará às pré-verificações da Administração de Segurança de Tranporte.
O vice-secretário interino Ken Cuccinelli disse a repórteres que a falta de cooperação de segurança do Estado com as autoridades federais de imigração levou à suspensão dos programas de viagem.
Ele criticou o Estado por causa de uma lei aprovada no ano passado que permite que os imigrantes solicitem carteira de motorista, mesmo que não possuam status legal, e também limita as informações que o Departamento de Veículos a Motor do Estado pode compartilhar com as autoridades federais de imigração.
Cuccinelli chamou a lei de "perigosa" e "impensada em termos de consequências não intencionais", devido à necessidade das autoridades federais de acessar informações para investigações criminais e de terrorismo. Ele disse que os programas permanecerão suspensos até o Estado de Nova York concordar em compartilhar as informações solicitadas.
(Por Ted Hesson e Roselle Chen)