Por Tom Hals
(Reuters) - Um tribunal federal de apelações rejeitou na sexta-feira uma tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de impedir que o presidente eleito Joe Biden seja declarado vencedor na Pensilvânia, o que representa outro revés significativo para a busca de Trump de anular a eleição de 3 de novembro.
“Eleições livres e justas são a força vital da nossa democracia. As acusações de injustiça são graves. Mas chamar uma eleição de injusta não significa que a seja”, escreveu Stephanos Bibas em nome de um painel de três juízes.
"As acusações exigem alegações específicas e, em seguida, provas. Não temos nenhuma aqui", escreveu Bibas, que foi indicado por Trump.
A campanha eleitoral de Trump e seus apoiadores tentaram e não conseguiram convencer os juízes de irregularidades eleitorais em Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada, locais fundamentais para a vitória de Biden.
"Os eleitores, não os advogados, escolhem o presidente. Cédulas, não declarações, decidem as eleições", disse o parecer do tribunal de apelações.
"Vamos à SCOTUS! (Suprema Corte dos EUA)", escreveu Jenna Ellis, uma advogada da equipe eleitoral de Trump, no Twitter, após a decisão, referindo-se a um recurso planejado para a Suprema Corte. "A máquina judiciária ativista na Pensilvânia continua encobrindo as alegações de fraude em massa."
A Pensilvânia certificou nesta semana a vitória de Biden, que ganhou no Estado por 80.000 votos. De acordo com a lei da Pensilvânia, o candidato que conquista o voto popular no Estado obtém todos os 20 votos eleitorais do Estado.
O republicano Trump tem se recusado a admitir a derrota para seu rival democrata e continua alegando, sem mostrar evidências, fraude eleitoral generalizada.