Por Jan Wolfe
WASHINGTON (Reuters) - Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira um processo movido por parlamentares democratas que acusou Donald Trump de violar dispositivos anticorrupção na Constituição dos EUA com seus negócios, coroando uma semana de vitórias políticas para o presidente republicano.
Um painel unânime de três juízes da Corte de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia determinou que mais de 210 democratas da Câmara dos Deputados e do Senado não possuem a capacidade legal necessária para apresentar a ação, revertendo decisão de um juiz de instância inferior que havia permitido o prosseguimento do caso.
Dois dias depois de ser absolvido pelo Senado no julgamento do impeachment, Trump comemorou a decisão como uma "vitória total", dizendo a repórteres que "era outro caso falso". Elizabeth Wydra, advogada dos parlamentares, disse que eles estavam decepcionados com a decisão e que avaliariam os próximos passos.
Trump ainda enfrenta dois processos semelhantes em outros tribunais que também o acusam de violar cláusulas na Constituição que impedem os presidentes de receber presentes ou pagamentos de governos estrangeiros e estaduais.
Todos os processos se concentram em sua propriedade no Trump International Hotel em Washington, a poucos quarteirões da Casa Branca. O hotel, aberto por Trump pouco antes de ser eleito em 2016, tornou-se um espaço preferido para hospedagem e eventos para algumas autoridades estrangeiras e estaduais que visitam Washington.
Ao contrário de antigos presidentes, Trump --um rico investidor imobiliário que se tornou político-- manteve a propriedade de seus negócios enquanto ocupa a Casa Branca. Os processos o acusam de se tornar vulnerável ao suborno por governos estrangeiros.
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC