Por John Irish
PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira que lidará com quem quer que vença a eleição dos Estados Unidos, um dia depois de o ex-presidente Donald Trump dar mais um passo em direção à indicação do Partido Republicano, graças a sua vitória em Iowa.
Sob uma série de acusações criminais federais e estaduais relacionadas às suas tentativas de reverter a derrota na eleição de 2020 para o democrata Joe Biden, Trump lidera a disputa entre candidatos republicanos para o pleito presidencial em novembro de 2024.
“Sempre tive a mesma filosofia: aceito os líderes que as pessoas me dão”, disse Macron, durante uma entrevista coletiva.
Macron teve um relacionamento de altos e baixos com Trump durante os quatro anos em que ambos estiveram no poder ao mesmo tempo.
Ele adotou um tom mais conciliador em um primeiro momento, chamando Trump de “amigo” e até o convidou para jantar na Torre Eiffel no Dia da Bastilha.
Mas, à medida que os anos passaram, decisões sobre clima, impostos e especialmente o Irã causaram fricção entre o ex-presidente e seus aliados europeus.
“Os Estados Unidos são um aliado importante… É uma democracia passando por uma crise em que ela mesma é a primeira prioridade e a segunda prioridade é o poder da China. Todos nós europeus precisamos estar lúcidos sobre isso”, disse Macron.
(Reportagem de John Irish, Leigh Thomas e Tassilo Hummel)