Por Jonathan Landay e Arshad Mohammed
WASHINGTON (Reuters) - A invasão da Ucrânia pela Rússia tornou o trabalho duro de John Sullivan como embaixador dos Estados Unidos em Moscou ainda mais difícil, lidando com a agitação nuclear do Kremlin e as ameaças de romper relações enquanto mantém sua embaixada funcionando com um décimo do pessoal normal.
“Foi muito ruim dois anos e meio atrás”, lembrou Sullivan de sua chegada em janeiro de 2020. “Está piorando.”
Os severos cortes de pessoal impostos pelo governo da Rússia ainda não o forçaram a limpar banheiros da embaixada ou lustrar pisos, como se especulou em Washington, embora ele tenha dito que sabe fazer as duas coisas.
O neto de imigrantes irlandeses expôs esta semana em uma entrevista sobre ser o homem de Washington em Moscou cinco semanas depois de uma guerra em que as armas fornecidas pelos EUA estão matando as tropas do país onde ele está e as sanções impostas por EUA e aliados estão devastando a economia da Rússia.
Até agora, disse ele, suas reuniões com autoridades do Ministério das Relações Exteriores da Rússia "não foram pessoalmente ofensivas ou hostis", nem houve uma reação séria contra a embaixada.
"A situação de segurança aqui não é muito diferente do que era há um mês, seis meses atrás", afirmou ele por videochamada de um escritório com vista para o pátio da embaixada levemente coberto com neve fresca. "Mas isso pode mudar a critério do governo anfitrião em um minuto."
Sullivan está lidando com circunstâncias que nenhum embaixador anterior dos EUA na Rússia enfrentou, disse John Herbst, ex-enviado dos EUA à Ucrânia com o centro de estudos Atlantic Council. "Estamos realmente em um período de relações hostis com Moscou."