Por Lucy Craymer
WELLINGTON (Reuters) - A emissora nacional de rádio da Nova Zelândia lançou uma investigação e colocou um funcionário em licença após série de notícias em seu site sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia que teria sido editada para apresentar "um relato falso dos eventos".
Financiada pelo governo, mas dotada de independência editorial, a Radio New Zealand (RNZ) corrigiu até o domingo 15 matérias em seu site publicadas desde abril de 2022 pelo que chamou de "edição inapropriada".
As correções feitas pela RNZ às matérias indicavam que a edição havia mudado as reportagens originais para apresentar como fatos interpretações pró-russas de eventos na Ucrânia. Quatorze das histórias foram fornecidas pela Reuters e uma veio da BBC britânica, mostram os links para as histórias.
A RNZ disse em comunicado que segue com uma auditoria e análise detalhada de todas as matérias que poderiam ter sido editadas de forma inadequada.
A RNZ é um cliente de mídia da Reuters.
"A Reuters abordou a questão com a RNZ, que iniciou uma investigação", disse um porta-voz da Reuters.
"Conforme declarado em nossos termos e condições, o conteúdo da Reuters não pode ser alterado sem consentimento prévio por escrito. A Reuters está totalmente comprometida em cobrir a guerra na Ucrânia de forma imparcial e precisa, de acordo com os Thomson Reuters Trust Principles."
A BBC não respondeu a um pedido de comentário.
A RNZ disse na sexta-feira que tomou conhecimento do problema, sem fornecer detalhes, e iniciou uma "investigação imediata". Acrescentou que um membro da equipe foi colocado em licença enquanto o inquérito está em curso e agora foi impedido de acessar os sistemas de computador da RNZ.
No sábado, o executivo-chefe da RNZ, Paul Thompson, anunciou uma revisão externa dos processos de edição da RNZ. O resultado da revisão será tornado público.
(Reportagem de Lucy Craymer)