Por Byron Kaye
SYDNEY (Reuters) - A empresa que administra acampamentos no exterior onde estão detidos imigrantes ilegais da Austrália rejeitou nesta quarta-feira acusações de que seus funcionários estejam envolvidos em violações de direitos em isoladas ilhas do Oceano Pacífico, num momento em que a Organização das Nações Unidas intensificou a crítica a essas instalações.
Cerca de 100 manifestantes interromperam a reunião geral anual da Transfield Services quando sua presidente, Diane Smith-Gander, dizia que a empresa só presta serviços de apoio para os acampamentos criados e pagos pelo governo da Austrália.
"Não somos responsáveis por essas políticas e não desempenhamos nenhum papel na sua elaboração", disse Diane.A imigração é uma questão sensível na Austrália. Dois anos atrás, o governo reintroduziu uma política de interceptar barcos de refugiados e analisar pedidos de vistos em Nauru e Papua Nova Guiné.
O programa tem sido alvo de novas críticas depois que uma mulher somali disse ter sido estuprada enquanto estava detida em Nauru. O ministro da Imigração, Peter Duttonm, afirmou na quarta-feira que ela iria voltar para a Austrália para tratamento médico.
O executiva-chefe da Transfield, Grame Hun, afirmou que a empresa tem "tolerância zero" para maus-tratos e rejeitou qualquer sugestão de que a equipe Transfield estivesse envolvida em abuso.
(Reportagem adicional de Tom Miles, em Genebra)