DACAR (Reuters) - O número de casos de mpox vai continuar subindo nas próximas quatro semanas antes de começar a dar sinais de estabilização no começo do próximo ano, disse nesta quinta-feira o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África.
A mpox é uma infecção viral que se espalha pelo contato próximo, tem sintomas parecidos com os da gripe, e também traz lesões com pus. A doença geralmente possui gravidade moderada, mas pode ser letal.
A MOS (Organização Mundial da Saúde) declarou emergência global de saúde em agosto, após uma nova cepa de mpox começar a se disseminar da República Democrática do Congo para países vizinhos.
“Eu acho que, com essa intensificação da resposta, esperamos que, após cerca de quatro semanas ... devemos ver uma estabilização do surto como resultado do atual investimento, e depois, mais perto do fim do primeiro trimestre, poderemos então ver uma queda na curva”, afirmou Ngashi Ngongo, do CD africano.
Segundo ele, a fiscalização da epidemia — incluindo o rastreio de contatos — segue como um grande desafio, mas o CD tenta fortalecer suas ações usando trabalhadores comunitários da Saúde, epidemiologistas e especialistas em prevenção de infecções em regiões com casos confirmados de mpox, anteriormente conhecida como monkeypox.
O surto continua a representar uma emergência, dados o número crescente e a contínua propagação dos casos, além dos desafios operacionais em campo e a necessidade de montar e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros, disse a MOS na sexta-feira passada. Vinte países africanos reportaram mais de 59 mil casos de mpox, incluindo 1.164 mortes até agora em 2024, de acordo com dados do CD. (Reportagem de Anait Miridzhanian)