QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou nesta segunda-feira estado de emergência e toque de recolher noturno em três províncias costeiras, em meio a uma onda de violência no final de semana no país que deixou pelo menos oito mortos.
Lasso declarou Estado de emergência nas províncias de Manabi e Los Rios e na cidade de Duran, perto de Guayaquil, depois que Agustin Intriago, prefeito da cidade costeira de Manta, foi morto a tiros no domingo.
A declaração também acontece depois dos tumultos ocorridos no fim de semana na Penitenciária del Litoral, em Guayaquil, envolvendo confrontos entre gangues dentro do presídio.
Lasso frequentemente recorre à declaração de Estado de emergência, enquanto o Equador luta contra rebeliões nas prisões e ondas de violência em todo o país.
"Não podemos negar que o crime organizado permeou o Estado, as organizações políticas e a própria sociedade. É um problema que vem fermentando há mais de uma década", disse Lasso após uma reunião do gabinete de segurança.
O Estado de emergência durará 60 dias nas províncias, enquanto o toque de recolher variará durante esse período, informou o governo.
O assassinato do prefeito de Manta está sob investigação, disse Lasso.
As rebeliões de domingo deixaram pelo menos seis reclusos mortos e 11 feridos, segundo a autoridade prisional.
(Reportagem de Alexandra Valencia)