(Reuters) - O Ministério Público do Equador abriu uma investigação sobre a agência penitenciária (SNAI) por sua possível participação na morte de seis suspeitos envolvidos no assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, anunciou a agência nas redes sociais.
As autoridades equatorianas afirmaram que iniciaram a investigação porque o SNAI não cumpriu uma ordem pendente de transferência dos presos por razões de segurança.
Villavicencio, um jornalista renomado que expôs a corrupção e o crime organizado no Equador, foi morto a tiros quando saía de um evento de campanha em agosto, trazendo o aumento da violência no país para os holofotes na época da campanha. A polícia prendeu seis pessoas naquele dia, enquanto outros suspeitos foram presos posteriormente.
Na sexta-feira, seis dos suspeitos, identificados pelas autoridades como cidadãos colombianos, foram mortos numa prisão em Guayaquil.
O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, se reuniu com seu gabinete de segurança neste sábado para “abordar a crise no sistema penitenciário”, de acordo com sua conta oficial em redes sociais. O governo já havia prometido identificar os responsáveis pelo assassinato de Villavicencio.
O governo colombiano condenou as mortes e ofereceu apoio aos investigadores equatorianos em comunicado feito hoje. O segundo turno será realizado em 15 de outubro, encerrando um ciclo eleitoral marcado pela crescente violência no país sul-americano.
(Por Anna-Catherine Brigida)