ISTAMBUL (Reuters) - O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, declarou nesta terça-feira um estado de emergência de três meses para as 10 províncias do sul da Turquia atingidas por terremotos devastadores, e chamou a região de zona de desastre em uma medida destinada a reforçar os esforços de resgate.
A medida ocorre quando o número de mortos dos dois grandes terremotos de segunda-feira, que atingiram uma ampla área da Turquia e da Síria, ultrapassou 5.000 e enquanto as equipes de resgate corriam contra o tempo para retirar as pessoas dos escombros dos edifícios que desmoronaram.
Declarar um estado de emergência permite que o presidente e o gabinete passem por cima do Parlamento na promulgação de novas leis e limitem ou suspendam direitos e liberdades conforme julgarem necessário.
"Decidimos declarar estado de emergência para garantir que as operações sejam realizadas rapidamente", disse Erdogan em seu segundo discurso desde o primeiro terremoto na manhã de segunda-feira.
Ele afirmou que o estado de emergência durará três meses --o que significa que terminará pouco antes das eleições presidenciais e parlamentares marcadas para 14 de maio. Também poderá ser prorrogado.
Erdogan declarou anteriormente um estado de emergência nacional em julho de 2016, após um golpe militar fracassado.
Erdogan também disse que 70 países ofereceram ajuda nas operações de busca e resgate e que a Turquia planeja abrir hotéis no polo turístico de Antália, a oeste, para abrigar temporariamente as pessoas afetadas pelos terremotos.
Segundo ele, o número de mortos na Turquia aumentou para 3.549 pessoas.
(Reportagem de Ezgi Erkoyun e Ali Kucukgocmen)